No fim de junho eu estava prestes a iniciar um novo ciclo logo após encerrar meu curso de canto popular: um estágio na área de educação (nesse post aqui, nas entrelinhas se via uma mulher cheia de expectativas. Exatamente nesse dia eu tinha ido fazer meu contrato). Desde que comecei o curso de pedagogia sentia que me faltava algo em meus estudos e discursos, mas sentia que precisava respeitar o tempo de tudo, ainda não era a hora. E esperei. Assim que fui concluindo meu curso de música me submeti num processo seletivo que sinceramente, foi tão despretensioso que não esperava passar, mas afinal, assim é a vida, né? toda despretensiosa...

Poucos dias antes de começar o estágio, cheia de empolgação comprei minha primeira plantinha num mercado, essa da foto acima. Meio que sem querer, ela acabou se tornando simbólica, pois à medida que ela vai crescendo, sinto que eu vou crescendo junto. Afinal, o crescimento é lento, mas gradual. Quando eu penso que ela não está saindo do lugar, novas folhinhas se abrem provando que eu estava errada e o que me faltava era só paciência, e no caso dela, um pouco de sombra.

Bom, começar um estágio ou qualquer coisa num lugar novo é carregado de expectativas, ansiedades que só o tempo vai amenizando. Lembro como se fosse hoje eu chegando na sala da educação infantil e sendo recebida pelas crianças com tanto amor e carinho. É tão simples para elas, sabe? para mim, foi repleto de cobranças desde o começo: queria lembrar do nome de todas, ser aceita pela equipe, conhecer a rotina logo, etc. E aos poucos vou entendo que não precisa ser assim. Te confesso que ainda estou aprendendo a relaxar, ver minhas potencialidades, entender que não sou perfeita. Pois, se eu não me der esse tempo pra aprender, tudo vai ser muito mais difícil e vou esquecer que no caminho das pedras, também existem flores (ou zamioculcas, haha), que eu preciso contemplar e admirar para seguir a caminhada com mais significado e leveza.