Oi migas <3

Como vocês estão? Em fevereiro estive meio off do blog, inclusive acabei de responder uns comentários super carinhosos que vocês deixaram, e vi que chegaram algumas pessoas novas também. Sejam muito bem-vindas! A vontade de aparecer por aqui me bateu muito esse mês mas a real é que nem sempre eu sei sobre o quê escrever; apesar deste ser um espaço sobre cotidiano (acabou se tornando com o tempo) às vezes me questiono se vale a pena falar sobre algumas coisas, e em outros simplesmente penso "será que não tá repetitivo?". São apenas algumas reflexões que acredito serem até saudáveis. De toda forma, nem me cobrei muito porque escrevo por aqui por puro amor e vontade de registrar os dias, e quando uma coisa que é um hobbie se torna uma forçação, fica pesado e sem muito sentido. Fui aprendendo isso, inclusive, com algumas de vocês - aliás sempre aprendo bastante com vocês.

Neste momento em que escrevo este post eu nem esperava escrever essa introdução grandona - acho que era saudade mesmo, hehe - mas bem... sobre o título, eu tenho gostado muito de ouvir umas músicas com carinha de inverno, tipo Bon Iver, ou o álbum Parachutes do Coldplay. Também tenho amado assistir Naruto e a saga Crepúsculo (me julguem sobre este último, haha) no tempo livre. Aos poquitos - bem aos poquitos mesmo - tenho lido algumas páginas dos meus livrinhos, entre eles "1984" e "Números" na minha Bíblia A Mensagem. Acho que estou entrando num ciclo mais introspectivo esses dias, onde uma playlist e um coberta quentinha (porque esses dias tem chovido bastante) já me fazem muitooo feliz. 

Há tempos atrás eu nem acreditaria, mas esses dias eu tenho amado fazer chamadas de vídeos com minhas amigas, é engraçado como eu consigo passar horas conversando sobre Mulheres que correm com os lobos com uma (livro que um delas quer que eu leia fortemente) e com a outra sobre doramas numa facilidade tremenda. 

Sobre a minha querida - às vezes nem tanto - vida acadêmica, estou concluindo um período agora, e sim, foi cansativo muitas vezes e em outros dias muito bons, isso nem é novidade mas queria conversar um pouquinho sobre, porque nesse final de semestre (se é que posso chamar assim) eu tenho refletido muito sobre como eu quero dar continuidade a essa fase da minha vida. 

No último post comentei que tinha ficado meio triste com o lance de continuar no período remoto mas agora entendi melhor a decisão e estou bem mais tranquila sobre isso; decidi então que iria passar pelas aulas remotas e fazendo o quarto de sala da faculdade, da melhor forma que posso. E isso significa que vou buscar aproveitar melhor a coisa toda, sabe? Não quero romantizar nada mas - aqui vai um desabafo - sempre me incomodou a forma que algumas pessoas encaram a faculdade na força do ódio, sempre reclamando, sempre querendo concluir tudo só pelo fato de concluir. Se é algo tão pesado a ponto de ficar parecendo que você mais odeia do que qualquer outra coisa, então por que escolher este caminho? Eu sei, eu sei... "pra ser alguém na vida" (pense numa frase que eu não curto) ou "garantir o futuro", mas sinceramente gente, nessa vida existem tantas possibilidades, tantas escolhas e caminhos que a gente não sabe na próxima curva, e por isso mesmo a gente não tem garantia de nada... então por que não escolher algo que realmente te empolgue? Ou então, porque simplesmente não abrir o coração pra viver aquela experiência?

Como canta Estevão Queiroga: "no caminho, mais importa o durante".

Não quero questionar as escolhas de ninguém, na verdade é mais um das reflexões que tenho comigo mesma, ainda mais depois que ajustei o foco em um dia quando uma amiga comentou comigo que a gente precisa aprender a ter mais paciência com a gente mesma nesses processos, sejam acadêmicos ou não, porque afinal, se a gente não consegue ser gentil com a gente mesma, o que nos faz pensar que seremos com as crianças ou outras pessoas que vamos nos deparar ao longo dessa vida? Pensar sobre fez muito diferença pra mim nesses últimos dias. 

Eu sou contra guardamos sentimentos ruins, e não gosto de maquiar nada. A faculdade tem sim um lado muito desgastante mas não é só isso - é um período onde a gente também aprende muito sobre a gente mesma e vive situações onde todo esforço que empenhamos naquilo vale a pena. Por isso, desde o início eu já tinha algo muito forte dentro de mim que gostaria de compartilhar com você caso ainda vá iniciar este período (ou esteja no meio dele), algumas dessas coisas eu fui aprendendo com o tempo mesmo:

• Não faça da faculdade a sua vida: estudar é bom, mas pra TUDO existe um tempo, inclusive descansar;
• Se organize: não deixe tudo virar uma bola de neve, anote suas tarefas em algum lugar que faça sentido pra você (planner, google docs, agenda). Sério, isso ajuda MUITO a gerir o tempo;
• Seja mais gentil com você: dê sim o seu melhor, mas jamais use outras pessoas como parâmetro. Leve em consideração a sua trajetória, a vida que você tem além da faculdade; haverá dias bons e dias ruins, e caso hoje seja um daqueles onde o texto simplesmente não flui, talvez você só precise descansar um pouco e voltar a ler depois;
• VAI PASSAR! Esse lembrete serve tanto para você ter em mente que aproveitar o processo é necessário, tanto nos dias difíceis em que parece que nunca vai acabar. Sim, é só um período que como todos os outros passam, por isso vamos construir memórias e experiências que marquem de uma forma bacana. Como diria outra amiga (eu adoro citar minhas amigas, haha), quando estiver difícil, levanta da cadeira, lava o rosto, come alguma coisinha e volta pra labuta novinha em folha;
• E por último, você não vai - e nem precisa - gostar de todas as disciplinas ou de todos os aspectos que envolvem o mundo universitário. E isso é libertador. Por exemplo, não gostar de todas as disciplinas não quer dizer que eu não goste do meu curso, apenas que eu me identifico mais com alguns assuntos do que com outros. Aliás, identificar esses pontos que você curte ou nem tanto já pode ser um indicativo de caminho a seguir num TCC, por exemplo.