A arte de perder não é nenhum mistério;
Tantas coisas contêm em si o acidente
De perdê-las, que perder não é nada sério.
Perca um pouquinho a cada dia. Aceite, austero,
A chave perdida, a hora gasta bestamente.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Depois perca mais rápido, com mais critério:
Lugares, nomes, a escala subseqüente
Da viagem não feita. Nada disso é sério.
Perdi o relógio de mamãe. Ah! E nem quero
Lembrar a perda de três casas excelentes.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Perdi duas cidades lindas. E um império
Que era meu, dois rios, e mais um continente.
Tenho saudade deles. Mas não é nada sério.
- Mesmo perder você (a voz, o riso etéreo
que eu amo) não muda nada. Pois é evidente
que a arte de perder não chega a ser mistério
por muito que pareça (Escreve!) muito sério.
(tradução de Paulo Henriques Britto)
Tantas coisas contêm em si o acidente
De perdê-las, que perder não é nada sério.
Perca um pouquinho a cada dia. Aceite, austero,
A chave perdida, a hora gasta bestamente.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Depois perca mais rápido, com mais critério:
Lugares, nomes, a escala subseqüente
Da viagem não feita. Nada disso é sério.
Perdi o relógio de mamãe. Ah! E nem quero
Lembrar a perda de três casas excelentes.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Perdi duas cidades lindas. E um império
Que era meu, dois rios, e mais um continente.
Tenho saudade deles. Mas não é nada sério.
- Mesmo perder você (a voz, o riso etéreo
que eu amo) não muda nada. Pois é evidente
que a arte de perder não chega a ser mistério
por muito que pareça (Escreve!) muito sério.
(tradução de Paulo Henriques Britto)
Via: https://www.escritas.org/pt/t/47880/a-arte-de-perder
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P.S: Não tenho facilidade em ler poemas, mas alguns deles me encontram vez ou outra e conseguem me tocar. Ontem este cruzou o meu caminho e eu quis compartilhar por aqui.
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P.S: Não tenho facilidade em ler poemas, mas alguns deles me encontram vez ou outra e conseguem me tocar. Ontem este cruzou o meu caminho e eu quis compartilhar por aqui.
Lindo domingo!
Fez bem em compartilhar aqui, Lizandra! Amei o poema! :)
ResponderExcluir♥
Excluiramo poemas ♥ amo a leveza do seu blog ♥
ResponderExcluirque amor de comentário! é uma das coisas que espero sempre transmitir por aqui, Tety. ♥
ExcluirE obrigada por compartilhar. ♥ E sobre as palavras, acho que perder algumas coisas fazem a gente ganhar muito! :)
ResponderExcluirBeijos, Carol
www.pequenajornalista.com
concordo com você... dói, mas as vezes - quase sempre - é bom dizer adeus.
ExcluirEu amei tanto ♡ (Obrigada por compartilhar bonitezas com a gente, Liz!)
ResponderExcluirque bom que gostou, sei que de poesia você entende Lari! acho que farei disto um hábito por aqui.
ExcluirAcabei de encontrar seu blog, e gostei bastante! Li esse poema pela primeira vez quando tinha uns treze anos, e como foi poder me encontrar com ele novamente depois de seis anos! Muito obrigada!
ResponderExcluirfico tão feliz que vc pôde resgatar uma memória boa. obrigada vc por compartilhar isso!
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